No mercado dos plásticos desde 1977

No mercado dos plásticos desde 1977
Maprol é uma empresa sediada em Ponte da Pedra, Leiria, que se dedica há 37 anos à produção e comercialização de artigos em plástico para aplicação doméstica, restauração, hotelaria e jardinagem. A história desta empresa de origem familiar cruza o seu caminho com a evolução e o crescimento e, hoje, é uma referência nacional na área dos plásticos.

A história da Maprol começou em 1977 pelas mãos do pai de Rui Manuel Mendes Pascoal, administrador da empresa, que esteve desde sempre ligado à área dos plásticos, nomeadamente na parte da distribuição.
Depois do 25 de Abril, o poder de compra dos portugueses aumentou e a necessidade de resposta à procura dos clientes levou a que o pai de Rui Pascoal adquirisse a primeira máquina para injetar parte dos artigos que necessitava. “A partir desse momento nunca mais parou”, salientou o administrador da empresa.

A Maprol Plásticos conta hoje com uma equipa constituída por cerca de 30 colaboradores, atingindo um
volume de faturação no ano de 2013 de 2 571 milhões de euros, divididos em 60% para o mercado externo e
40% para o mercado interno. Já com uma posição marcada no mercado nacional, a Maprol apostou além-fronteiras, tendo já exportado para países como Alemanha, Itália, França, Espanha, Holanda e Estados Unidos da América. “Percebi que devia olhar aqui para o lado, para Espanha, porque o meu artigo é um artigo volumoso, a logística é difícil, cara, e a distância anulava a competitividade. Então apostei, e bem, em Espanha”, salientou Rui Pascoal, admitindo que o mercado espanhol absorve uma parte significativa da sua produção.

“As faturações por si só muitas vezes não dizem nada do que é uma empresa, porque tentar manter alguns preços com a concorrência pode ser um suicídio direto. Nós temos que ter sensibilidade suficiente para perceber quando temos que sair”. O administrador da Maprol admitiu que a concorrência na área da injeção de plásticos é muito forte, mas também muito desorganizada. “Infelizmente, em Portugal procura-se fazer aquilo que o vizinho está a fazer, não se procura inovar, e logicamente que, com um mercado tão pequeno, vão sofrer os dois, porque em vez de melhorar o produto ou o serviço, a solução é baixar-se o preço. Esta é a minha visão do mercado português”, assinalou Rui Pascoal, que vê na perda de poder de compra dos portugueses uma das maiores causas de choques em certas empresas.

Para o futuro, o objetivo da Maprol passa por manter o seu volume de negócios e de produção, de forma a manter os parâmetros de qualidade, serviço, seriedade e atendimento ao cliente. “Hoje em dia, produzir toda a gente produz, a dificuldade é fazer chegar o produto ao cliente e tentar mantê-lo fidelizado”, sublinhou Rui Pascoal, acrescentando que a aposta das empresas deve ser feita dentro das fronteiras e não fora, fórmula que levará ao crescimento do nosso país e à concentração do bem mais precioso que Portugal tem: a mão-de-obra, as pessoas.